"Como dois e dois são quatro/Sei que a vida vale a pena/Embora o pão seja caro/E a liberdade pequena" (Ferreira Gullar)
Landro Oviedo
"Somente buscando palavras é que se encontram pensamentos" (Joseph Joubert)
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          LIBERADA A INVASÃO DE PRIVACIDADE
     O governo de Jair Bolsonaro sancionou uma lei que inclui automaticamente todos os consumidores num cadastro positivo do qual eles, certamente, como parte passiva da negociata, terão muita dificuldade para sair. Trata-se de uma liberação geral para que bancos, empresas de telefonia, planos de saúde e outras empresas comecem a infernizar, de forma legal, a vida dos consumidores.
     Esse processo começou quando o governo Lula liberou empréstimos de forma consignada para os aposentados, que passaram a ser alvos preferenciais das financeiras, com milhares de casos de estelionato. A justificativa, antes e agora, é a de baratear o crédito, só que sempre se esquecem de combinar com os russos. Fazem para todos o que é do estrito interesse de alguns segmentos, como agora, com esta licença para entrar nos dados das pessoas. O que antes era uma pirataria conhecida, ilegal, agora passa a ser uma prática estimulada pelo poder público, o que configura uma venda da privacidade coletiva para o setor privado, interessado apenas em seus lucros a qualquer preço.
     Se atualmente os casos de abuso já são muitos, inclusive com empréstimos e depósitos não autorizados na conta de segurados e consumidores, inclusive com falsificação de contratos (tenho uma situação assim no meu escritório), o que é crime, então aguardem o pior, pois vem aí o assédio na sua forma mais desrespeitosa e condenável.
     Para tentar desmentir isso, a lei diz que haverá um controle sobre os dados. Num país em que é possível comprar um CD com os dados e declarações de IR de milhões de contribuintes, isso pode ser levado a sério? Vou criar um formulário de descadastramento para os interessados, o qual, certamente, será aceito por ocasião das calendas gregas, quando o Íbis for campeão brasileiro e quando o agronegócio brasileiro respeitar o meio ambiente. Ou seja, o fim do controle dos seus pagamentos a prazo será a perder de vista.
Landro Oviedo
Enviado por Landro Oviedo em 08/04/2019
Alterado em 19/04/2019
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