Na esteira dos vaivéns esportivos comuns nesta época do ano, a possibilidade de uma grande contratação no meio cultural está agitando o Rio Grande do Sul e gerando muitas controvérsias à boca pequena, porque, nas rodas de conversas, em geral, só se fala em outra coisa. Mas do que se trata mesmo este assunto que está bombando e cuiando?
Na verdade, o que está em jogo é uma tentativa da prefeitura do Alegrete de implementar um tal de marketing cultural para divulgar a cidade e atrair turistas. É por isso que o prefeito dessa capital farroupilha, Márcio Amaral, fez uma proposta de contratação do Guri de Uruguaiana para que ele vire o Guri do Alegrete, até porque ele já canta em seus espetáculos uma conhecida canção temática sobre a cidade. A oferta envolve um certo valor em pilas, luvas, uma guaiaca nova e malas de garupa e seria para a temporada 2020/2021. Também a erva-mate do Guri entraria na cidade sem precisar pagar imposto de importação.
Até agora, o que se sabe é que o Guri de Uruguaiana está estudando a proposta e prometeu que ouvirá os seus pares da cidade de origem antes de dar uma resposta, pois o seu passe pertence ao clube Uruguaiana, fundado em 1912. Outro problema que ainda precisa ser equacionado é o da aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ao caso concreto, uma vez que o Guri ainda é da base, não obstante o bigode que ostenta. Procurado para falar sobre o assunto por nossa reportagem, o Guri de Uruguaiana limitou-se a dizer: “Mas que barbaridade!”.
O fato de a bancada cristã (católica e evangélica) chegar a 311 parlamentares na Câmara dos Deputados significa claramente que o país não tem nenhuma chance de ficar mais justo e menos desigual no curto prazo.
Não existe gaúcho brasileiro. Esse conceito foi criado a partir dos anos 30 numa visão historiográfica que atendia a interesses de mercado do RS para vender ao centro do país.
Toda sociedade capitalista precisa da Polícia, mas não propriamente dos policiais.
No mês de dezembro, o meu portal www.landrooviedo.com recebeu mais de 13 mil visitas (13.507). Isso é um marco para mim (o segundo melhor da série histórica) e só tenho a agradecer aos meus valentes leitores e leitoras que tornaram possível chegar a esse montante, o que me serve de incentivo para continuar produzindo meus textos e peleando no confronto das ideias, ainda que, algumas vezes, “só com a bainha da faca”, como dizem os gaúchos.
Agradeço a todos a oportunidade de dizer, como os números o demonstram, que escrevo para milhares de leitores. Muito obrigado e feliz 2020 a cada um de vocês. Estamos juntos (ou numa distância respeitosa).