Aos amigos e amigas que não tiveram a oportunidade de assistir minha participação um pouco acidental na semana acadêmica da Uninter, onde curso Filosofia, envio agora esta mensagem com gravação ao vivo com parte da atividade na qual recito alguns poemas. Este texto tem como tema os constantes desalojamentos dos restos mortais das pessoas que não têm mais parentes que olhem por eles. O que acontece? Tudo se perde.
Inicialmente, a declamação era pra ser feita pelo meu talentoso amigo Otacílio Moreira (Luiz Fernando Carvalho). Infelizmente, ele teve um imprevisto e não me restou alternativa senão participar diretamente. O fundo de violão é do meu amigo e músico Washington Gularte. Para ver, basta clicar abaixo. Obrigado a todos...
https://www.facebook.com/adriana.silveira1974/videos/1319877251376733/
Nesta sexta-feira, 18.11.2016, por volta das 11h15min, eu vinha pela Andradas, perto de onde moro, centro de Porto Alegre, e, defronte ao número 453, em frente à Marinha, dois agentes da EPTC multavam carros mal-estacionados. Um deles chegou-se a um carro normal, sem marcas de veículo oficial, parado em local proibido, com o motorista dentro. Vi ele se inclinar, ter um brevíssimo diálogo com o condutor, retirar-se para perto do outro agente e exclamar: “É viatura!”. E continuaram a multar os outros automóveis.
Como professor de Português e atuante na área jornalística, firmei uma convicção: ou o jornalismo acaba com o ponto e vírgula ou o ponto e vírgula acaba com o texto jornalístico. Do jeito que está não pode continuar.
Minha amiga Luciana, de Guaporé, fez a seguinte postagem:
"Pessoal estou convidando vocês para participar de um Retiro que eu mesmo estou organizando para o feriado do dia 02/11/16
O preço por pessoa é de R$50,00 e o casal R$90,00 ... funciona assim: vocês depositam na minha conta e EU RETIRO."
Muito interessante, porque, nesse texto, está bem explorada a questão da polissemia, que trata de palavras que constituem homônimos perfeitos, com a mesma grafia e a mesma pronúncia. O efeito sonoro e a desconcertação semântica advêm do inesperado, do contraste entre o primeiro significado partilhado com o leitor e o segundo, que beira o insólito e surpreende. Gostei.
Uma indagação ronda a capital dos gaúchos. Neste ano, a maior feira de livros a céu aberto da América Latina está colocando esse título em risco. Ocorre que uma área na Rua dos Andradas não será ocupada e, tudo indica, por conta de uma obra que está sendo feita para a construção do centro cultural da Caixa Econômica Federal.
O público não foi informado se houve algum tipo de acordo entre os organizadores do evento e a instituição bancária para não interromper os trabalhos, ainda que isso prejudique a qualidade da Feira do Livro, um dos eventos mais importantes do calendário cultural do Estado. Não é demais supor que essa leniência com a Caixa seja por conta de alguma vantagem, como patrocínio, por exemplo. Se assim for, estamos diante de uma escolha muito mal feita, priorizando interesses de uma empresa comercial em detrimento do lazer e da cultura de milhares de frequentadores.